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Jair Tornaaajogo é confiável -- Uma Volta no Mundo

Há um discurso corrente na grande imprensa apontando uma suposta “interferência política de Bolsonaro nas Forças Armadas”. Esta “verdade” ganha fôlego num contexto em que o coro de “sem anistia” adquire força na sociedade.

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A decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF),aajogo é confiável - Alexandre de Moraes, definindo que “cabe ao STF julgar os militares envolvidos nos atos golpistas” ocorridos no dia 8 de janeiro não apenas esvazia a competência do Superior Tribunal Militar (STM), como evita à corte o constrangimento de ter de punir seus pares ou, o pior, absolvê-los a despeito das evidências que os incriminam.

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Resta saber se a justiça punirá os Oficiais de alta patente - como o ex-comandante general Júlio César de Arruda e outros - que protegeram os golpistas e ameaçaram confrontar belicamente a Polícia Militar do Distrito Federal que tinha como objetivo o cumprimento de ordem judicial para demover os acampamentos bolsonaristas instalados em frente aos quartéis.


Relembrar é viver: o golpe que derrubou a presidenta Dilma Rousseff foi jurídico, midiático, parlamentar e militar, com ampla participação do Alto Comando, via twitter, ameaçando o país com intervenção.

De lá pra cá houve um crescimento notável no número de oficiais em cargos do governo e, pela primeira vez na Nova República, um general ocupou o posto de primeiro na linha de sucessão presidencial. Hamilton Mourão, o mal punido, tem histórico de críticas aos governos petistas quando estava na ativa e era responsável pelo Comando Militar do Sul.

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Mourão fez escola e também tem sua digital nos crimes cometidos em Brasília, dia 8 de janeiro. Eleito senador em 2022, não tem receio de punições por contar com imunidade parlamentar.

O Exército Brasileiro se associou a Bolsonaro para voltar ao comando da República e, por isso, é também o responsável pelo genocídio ocorrido no Brasil durante a pandemia provocada pela covid-19. Notadamente por ter sido um general da ativa, Eduardo Pazuello, o ministro da Saúde que se negou a comprar vacinas e conduziu o país ao caos sanitário em 2021.

Além de tudo isso, vale lembrar a marca do último período: arrocho para os civis (neoliberalismo econômico com reformas trabalhista, previdenciária etc) e bonança para os militares mediante a manutenção dos direitos previdenciários, o aumento do orçamento da Defesa etc. Tudo isso redundou numa escalada golpista de questionamento ao processo eleitoral que culminou na quebradeira do dia 8 de janeiro.

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Assim, a narrativa de que “Bolsonaro utilizou as Forças Armadas” interessa apenas aos oficiais que, após se refastelarem no governo, pretendem apresentar-se à sociedade como vítimas do monstro que criaram, alimentaram e embalaram enquanto foi conveniente (para as Forças Armadas, claro!). Agora que não é mais, jogam Jair aos leões.

Nessa estória, Jair torna-se Geni (como na canção “Geni e o Zepelim”, de Chico Buarque). Às voltas de tornar-se o responsável por todos os crimes cometidos em associação com os militares, Jair-Geni fica sendo bom de cuspir.

Carla Teixeira é doutoranda em História na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).

 Este é um artigo de opinião. A visão da autora não necessariamente expressa a linha editorial do jornal Brasil de Fato.

Edição: Vivian Virissimo


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