Famílias que vivem na Comuna da Terra Irmã Alberta,ãAlbertasobriscodeexpulsãaajogo - em Perus, na região Noroeste de São Paulo, realizam ato neste sábado (2) contra ameaça de despejo. A Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp), proprietária formal do terreno, entrou com ação para recuperar a área, que está ocupada há 21 anos. O local é o único território de reforma agrária na capital paulista.
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Um aviso sobre a ação de despejo foi entregue na última semana por um oficial de justiça. O Judiciário, porém, ainda não concedeu a liminar, o que permite às famílias que se organizem para resistir. Nesse contexto, o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) destaca que todo apoio recebido é fundamental.
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A Comuna da Terra Irmã Alberta há 21 anos é um dos vários acampamentos do MST. Lá vivem 50 famílias das 70 mil em todo o país que esperam pela regularização da terra.
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Nos últimos dias, representantes da Comuna foram recebidos pela Fundação Instituto de Terras do Estado de São Paulo (Itesp) e pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) e apresentaram reivindicação para que intercedam junto à companhia de saneamento em busca de uma solução.
A manifestação deste sábado está marcada para as 15h. Além de um ato ecumênico, haverá uma vigília cultural e serão divulgados detalhes sobre o andamento do processo. Parlamentares e representantes de movimentos populares são aguardados para manifestar apoio às famílias.
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A área da Comuna tem cerca de 100 hectares, onde são cultivados alimentos como abacate, mandioca e uva. O terreno, que seria destinado a uma espécie de lixão, foi ocupado em julho de 2002, a partir de uma articulação junto à Comissão Pastoral da Terra (CPT), com apoio da Irmã Alberta Girardi, lutadora incansável pelos direitos humanos e que viria a morrer em 2018, aos 97 anos.
Edição: Rodrigo Durão Coelho
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