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Plano de Recuperalivecasinoonlinerealmoney -ção da Federação dos Engenheiros

Na última terça-feira (1),çãodaFederaçãlivecasinoonlinerealmoney - o jornal Folha de S. Paulo publicou um editorial intitulado "Vanguarda do atraso", criticando o retorno do financiamento à exportação de serviços de engenharia, proposto pelo governo federal. As normas estão sendo discutidas com base em padrões internacionais por técnicos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e do Tribunal de Contas da União (TCU). 

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Em resposta, a Federação Interestadual de Sindicatos de Engenheiros (Fisenge) emitiu uma nota endossando a importância da medida defendida pelo governo Lula (PT) e refutando os argumentos usados no artigo. 

De acordo com a Fisenge, apesar de o jornal classificar a iniciativa como "uma ideia econômica embolorada ou equivocada", a política é adotada em diversos países do mundo, sendo considerada pelo Banco Internacional para Reconstrução e Desenvolvimento (BIRD) e pela Organização Mundial do Comércio (OMC) como essencial para o desenvolvimento das economias.

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Um dos argumentos do editorial é a Lava Jato. Conforme dados do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), a operação resultou no fechamento de 4,4 milhões de empregos e levou o país a perder R$ 172 bilhões em investimentos desde seu início, em 2014. As empresas de engenharia nacionais chegaram a deter 3,2% do mercado internacional de US$ 500 bilhões em 2015, mas essa participação caiu para 0,5%.

De acordo com a pesquisa, o país deixou de arrecadar R$ 47,4 bilhões em impostos e R$ 20,3 bilhões em contribuições previdenciárias, além de ter reduzido a massa salarial em R$ 85,8 bilhões. O estudo também aponta que a Lava Jato "afetou os setores envolvidos diretamente (petróleo e gás e construção civil), mas também uma gama significativa de outros segmentos (devido aos impactos indiretos e ao efeito renda) " 

“Com a Operação Lava Jato e o fechamento de empresas, o desemprego na engenharia atingiu seu pico, e ainda enfrentamos fuga de cérebros devido ao desinvestimento em ciência e tecnologia. O país foi desmantelado e sua economia desnacionalizada, colocando o Brasil em uma posição de subserviência econômica em relação a outros países. A engenharia brasileira é gigante e possui excelência para promover e qualificar políticas públicas e infraestrutura", afirma um trecho da nota. 

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A Fisenge também afirma que, ao levantar o argumento de incentivo à corrupção, a Folha de S. Paulo descredibiliza um conjunto de empresas nacionais de engenharia e profissionais sérios, comprometidos, íntegros e qualificados. 

“Repudiamos e abominamos quaisquer práticas de corrupção e exigimos a punição dos responsáveis como pessoas físicas, bem como o rigor das normas e procedimentos técnicos, administrativos e de controle social e contratação. Fechar uma empresa nacional também significa perda de memória tecnológica e de soberania, aprofundando a desnacionalização do país", afirma a federação em outro trecho.

Por fim, a Fisenge diz que o anúncio do BNDES representa um alento para a retomada da engenharia nacional e do desenvolvimento social e econômico.  “O que a Folha de S. Paulochama de “Vanguarda do atraso” nós chamamos de avanço democrático e social. É preciso lembrar que a Folha de S. Paulo é uma empresa de comunicação que atuou ativamente durante a ditadura civil-militar no Brasil, contribuindo para violações de direitos humanos, perseguições e censura".

Leia a nota completa:

Um dos argumentos do editorial é a Lava Jato. Conforme dados do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), a operação resultou no fechamento de 4,4 milhões de empregos e levou o país a perder R$ 172 bilhões em investimentos desde seu início, em 2014. As empresas de engenharia nacionais chegaram a deter 3,2% do mercado internacional de US$ 500 bilhões em 2015, mas essa participação caiu para 0,5%.

O país deixou de arrecadar R$ 47,4 bilhões de impostos e R$ 20,3 bilhões em contribuição sobre a folha, além de ter reduzido a massa salarial do país em R$ 85,8 bilhões. Ainda segundo o estudo, a Lava Jato “afetou os setores envolvidos diretamente (petróleo e gás e construção civil), mas também uma gama importante de outros segmentos (devido aos impactos indiretos e ao efeito renda)”. A pesquisa revela que a Lava Jato destruiu a imagem da Petrobras (maior empresa brasileira), com perda de R$ 104,321 bilhões, de 2015 a 2017. Nós, engenheiros e engenheiras, vivemos a devastação das nossas profissões, enfrentando o desemprego, a insegurança alimentar, a precarização das condições de trabalho, o fechamento das empresas nacionais e o fim de políticas estratégicas para o país como o setor naval. Muitos profissionais de engenharia precisaram virar Uber para garantir o seu sustento, rememorando os tempos do auge do neoliberalismo no Brasil na década perdida de 1990 quando o “engenheiro virou suco”.

Havia esperança entre os anos dos governos Lula e Dilma com o fortalecimento da política de conteúdo local que priorizava as empresas nacionais de engenharia, a abertura dos parques de indústria naval, a descoberta do pré-sal. Nesse período, os principais jornais aventavam o “apagão” da engenharia, incentivando a vinda de profissionais de outros países. Defendemos uma política de reciprocidade para a valorização do corpo técnico nacional da engenharia. Com a Operação Lava Jato e o fechamento das empresas, o desemprego da engenharia viveu o seu auge e ainda lidamos com a fuga de cérebros, devido ao desinvestimento em ciência e tecnologia. O país foi desmontado e a economia desnacionalizada, colocando o Brasil numa posição de subserviência econômica em relação a outros países. A engenharia brasileira é gigante e possui qualificação de excelência para a promoção e qualificação de políticas públicas e infraestrutura. 

Sob o argumento de incentivo à corrupção, a Folha de S. Paulo desqualifica um conjunto de empresas nacionais de engenharia e profissionais sérios, comprometidos, honestos e qualificados. Um veículo de comunicação precisa ter responsabilidade ética quando atrela uma narrativa de combate à corrupção com perseguição e criminalização de uma profissão como a engenharia. Repudiamos e abominamos toda prática de corrupção e reivindicamos a punição aos responsáveis como Pessoa Física bem como a rigidez das normas e procedimentos técnicos e administrativos de controle social e contratação. Fechar uma empresa nacional também significa perda de memória tecnológica e de soberania, aprofundando a desnacionalização do país

O anúncio do BNDES representa um fôlego para a retomada da engenharia nacional e do desenvolvimento social e econômico. O que a Folha de S. Paulo chama de “Vanguarda do atraso” nós chamamos de avanço democrático e social. Há que se lembrar que a Folha de S. Paulo é a empresa de comunicação que atuou ativamente durante a ditadura civil-militar do Brasil, contribuindo para violações de direitos humanos, perseguição e censura. 

Nós, engenheiros e engenheiras da Fisenge (Federação Interestadual de Sindicatos de Engenheiros), apoiamos a política de retomada da engenharia brasileira pelo BNDES e nos colocamos à disposição para a construção coletiva em prol de um país soberano, democrático e inclusivo.

Federação Interestadual de Sindicatos de Engenheiros (FISENGE).

Fonte: BdF Rio de Janeiro

Edição: Mariana Pitasse


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